A nova pesquisa Ipec, divulgada na noite de segunda-feira (12), mostra uma diferença expressiva em como os dois principais candidatos encaram os dados. O levantamento aponta um cenário promissor para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto a campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) se frustrou com os números.
A expectativa do QG bolsonarista era crescer com os atos do 7 de Setembro. No entanto, o presidente segue estagnado. Bolsonaro se manteve com 31% das intenções de voto, patamar similar ao obtido em 19 de agosto. Já Lula subiu de 44%, em 7 de setembro, para 46% agora.
Às vésperas das eleições, a campanha do ex-capitão se vê desesperada. Em reunião antes da pesquisa, aliados de Bolsonaro alinharam dois focos para a campanha daqui para frente: atuar para diminuir a vantagem do petista no 2º turno e abrir conversas com o MDB de olho nos votos de Simone Tebet em um eventual segundo turno, segundo informa a jornalista Andreia Sadi, do G1.
A frustação da campanha de Bolsonaro não se deve apenas à pesquisa. Além da declaração de que ele se “arrepende” por ter “aloprado” na pandemia quando disse que não era coveiro, também houve o escândalo da compra de imóveis com dinheiro vivo feito pela família do presidente, como mostrou uma reportagem do UOL.
Se para Bolsonaro o cenário não é dos melhores, para a campanha petista, os números trazem ânimo. Do último final de semana para cá, alguns acontecimentos favoreceram Lula, como o vídeo de um bolsonarista humilhando uma diarista petista.
O outro trunfo de Lula é o recente apoio recebido de Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente. Para aliados do ex-presidente, Marina pode cativar um público mais jovem e ajudará a atrair ainda mais os indecisos e a classe média, além de dialogar com o segmento evangélico. A campanha petista ainda acredita que pode convencer indecisos e aqueles dispostos a votar em branco hoje.