Reportagem publicada pela Folha neste domingo (18) revelou que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e outros cinco deputados recebem auxílio-moradia turbinado dos cofres da Câmara, no valor de R$ 6 mil ao mês para cada um deles.
Os deputados se beneficiam de uma brecha aberta em 2015, na gestão do ex-deputado Eduardo Cunha (PTB-SP), que permitiu transferir da cota de gastos exclusivos com a atividade parlamentar um extra de R$ 1.747 para pagamento de aluguel dos deputados. A Mesa da Câmara baixou um ato permitindo que parlamentares engordassem seu reembolso de aluguel com sobras da cota destinada exclusivamente para custeio da atividade parlamentar.
A justificativa foi a de estabelecer isonomia entre os parlamentares que usam o apartamento funcional e os que não conseguem vaga: “Pesquisas em sites especializados apontam com clareza que o custo, em Brasília, de aluguel de imóvel em padrão semelhante ao dos apartamentos funcionais ultrapassa significativamente o valor estabelecido pela Casa para o benefício”, afirmou a justificativa do ato.
Além do salário de R$ 33,7 mil, e mais R$ 112 mil mensais para contratação de assessores e de mais uma cota que varia de R$ 31 mil a R$ 46 mil para gastos com aluguel de escritório, alimentação, passagens aéreas e gasolina, entre outros, os deputados federais têm ainda direito à moradia em Brasília.
De acordo com a Folha, além do filho do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), os deputados Marcos Aurélio Sampaio (PSD), Marcos Pereira (Republicanos), Marina Santos (Republicanos), Nicoletti (União Brasil) e Shéridan (PSDB) também foram beneficiados pelo valor máximo.