Às vésperas das eleições, muitos membros do PDT têm aderido à campanha do ex-presidente Lula (PT). O partido, que lançou Ciro Gomes, tem feito e fará vista grossa àqueles que votarem no petista. Dentro do partido, as movimentações pró-Lula têm aumentado.
Na última quarta-feira (21), um grupo pedetista assinou um manifesto em favor da candidatura de Lula. Há também os chamados candidatos do Lula, como Carlos Eduardo e Acir Gurgacz, que concorrem ao Senado pelo Rio Grande do Norte e por Rondônia, respectivamente, e parecem em eventos e vídeos ao lado do ex-presidente.
Weverton Rocha, postulante ao governo do Maranhão pela sigla, também usa as redes sociais para reforçar sua relação com Lula, ao mesmo tempo que esconde Ciro nas publicações. Weverton não menciona o presidenciável do PDT na internet, no material físico de campanha nem nas propagandas de TV.
Outros candidatos do PDT também têm ignorado o nome de Ciro Gomes nas redes sociais, com destaque para aqueles que disputam vagas no Congresso ou o governo de estados no Norte e no Nordeste. Com informações do Globo.
Embora o PDT tenha aprovado na convenção nacional, em julho, uma resolução que proibia seus candidatos de fazer campanha para postulantes de outros partidos — chamada até de “cláusula anti-Lula” —, o presidente do partido, Carlos Lupi, diz que não punirá os candidatos, alegando que ninguém pediu voto para Lula de forma literal.
“A resolução diz sobre o nosso candidato pedir voto para alguém de outro partido. Me mostre uma foto, um vídeo de um pedetista pedindo voto para o Lula que eu levarei à comissão (de ética do partido). Nenhum candidato nosso foi à televisão pedir voto para outro partido”, afirmou Lupi.
O dirigente pedetista afirma que a presença de Lula nos materiais de divulgação dos candidatos pedetistas se deve às alianças regionais. Interlocutores de Lupi, porém, afirmam que ele faz vista grossa por priorizar as disputas estaduais, em vez do projeto presidencial de Ciro.