Por Carol Proner
1. ERA ESPERADO. Como já era esperado, Lula foi o mais provocado por todas as candidaturas que, de certa forma, coordenaram ataques maliciosos sobre o tema da corrupção do início ao fim.
2. E SAIU-SE BEM. A reação de Lula diante da enxurrada de mentiras foi firme e altiva. Mesmo com os limites de tempo e a insistência dos adversários, desmascarou distorções e corrigiu o rumo da conversa para temas relevantes.
3. O CIRO DE SEMPRE. O comportamento ético-político de Ciro já não surpreende. Ainda assim, Lula o tratou cordialmente e, sempre que possível, subiu o nível do debate.
4. PARA ALÉM DA SORORIDADE. Tebet e Thronicke sempre empolgam a “sororidade” de quem reconhece o machismo na política. Porém, saindo da superfície, é notável a diferença de comportamento ético-político entre ambas. Destaco a forma correta com que a Simone Tebet tratou o tema do Celso Daniel, por exemplo.
5. NEOLIBERALISMO FASCISTA. Talvez nem seja relevante, por evidente, destacar o discurso alucinado das privatizações e a cumplicidade explícita do candidato do Novo com Bolsonaro a indicar a união de propósitos em eventual segundo turno.
6. UM IMPOSTOR. O falso Padre marcou o ponto de desqualificação e de desrespeito ao debate tanto para candidatos como para a emissora. A impaciência do jornalista e de Lula se justificam plenamente diante do descaramento de aparecer um impostor religioso na reta final das eleições.
7. ANTÍTESE e ANTÍDOTO. Lula é a antítese do falso padre, está ali inteiro e é o que é. Também cumpriu um papel de antídoto ou de ponto de aferimento para mentiras lançadas ao vento contra ele e contra o PT. Para quem leva a sério, não tem como deixar de reconhecer que é a única proposta consequente e com viabilidade.
8. EM SUMA, A ONDA SEGUE. Estima-se que o debate não terá o condão de alterar a tendência de crescimento detectada nas últimas pesquisas. Como mostrou a pesquisa Datafolha de ontem, a onda Lula segue.
Texto originalmente publicado no FACEBOOK da autora