Em 2016, quando era deputado federal, o presidente Jair Bolsonaro (PL) concedeu entrevista ao The New York Times e afirmou ao jornal americano que quase realizou um ato de canibalismo. Ele disse que só não comeu carne humana de um indígena em Surucucus, na cidade de Alto Alegre, em Roraima, porque ninguém da comitiva quis ir com ele.
“Morreu o índio e eles estão cozinhando, eles cozinham o índio, é a cultura deles. Cozinha por dois três dias, e come com banana. Daí eu queria ver o índio sendo cozinhado, e um cara falou, ‘se for ver, tem que comer’, daí eu disse, eu como! E ninguém quis ir, porque tinha que comer o índio, então eles não me queriam levar sozinho, e não fui”, disse Bolsonaro.
No Brasil, não há um tipo penal com o nome de “canibalismo” ou “antropofagia”. O fato pode ser enquadrado no artigo 211 do Código Penal: “Destruição, subtração ou ocultação de cadáver”.
Na mesma entrevista, o presidente falou sobre uma viagem que fez ao Haiti e disse que viu “mulheres oferecendo sexo”, mas que se negou a ter relações com elas por falta de higiene e porque “não precisou”. O trecho da gravação foi publicado pelo roteirista e chargista Maurício Ricardo. O vídeo com a íntegra da entrevista está no canal do YouTube do presidente.
Assista:
Bolsonaro não comeu CARNE HUMANA porque não quiseram ir com ele. E não fez sexo com mulher faminta no Haiti por falta de higiene e porque “não precisou”. Isso dito ao New York Times. (Íntegra da entrevista no canal oficial do presidente. Link abaixo) pic.twitter.com/0mm5mR7VPi
— Maurício Ricardo (@MauricioRicardo) October 5, 2022
Veja a entrevista na íntegra: