TSE suspende vídeo onde Bolsonaro diz que comeria índio cozido com banana

Atualizado em 8 de outubro de 2022 às 23:36

 

Presidente Jair Bolsonaro afirma a repórter do The New York Times que comeria um índio cozido com banana. (Reprodução)

O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral, determinou neste sábado (8) a suspensão da veiculação da propaganda da campanha do PT que associa o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao canibalismo. A decisão atende ao pedido da campanha de Bolsonaro.

Na decisão liminar, Sanseverino determina a imediata suspensão da veiculação da propaganda na TV, site e redes sociais e também impõe que o partido petista se abstenha de fazer novas divulgações com o mesmo teor: “Em análise superficial, típica dos provimentos cautelares, verifica-se que, como alegado, a propaganda eleitoral impugnada apresenta recorte de determinado trecho de uma entrevista concedida pelo candidato representante, capaz de configurar grave descontextualização”, afirmou o ministro em sua decisão.

“Na forma em que divulgadas as mencionadas falas do candidato Jair Messias Bolsonaro, retiradas de trecho de antiga entrevista jornalística, há alteração sensível do sentido original de sua mensagem, porquanto sugere-se, intencionalmente, a possibilidade de o candidato representante admitir, em qualquer contexto, a possibilidade de consumir carne humana”, considerou o ministro.

Assista o vídeo:

Esta semana, viralizou uma declaração de Bolsonaro nas redes sociais. No vídeo, durante entrevista ao jornal The New York Times, em 2016, o presidente disse que só não comeu carne humana de um indígena em Surucucu porque ninguém quis ir com ele.

“Morreu o índio e eles estão cozinhando, eles cozinham o índio, é a cultura deles. Cozinha por dois três dias, e come com banana. Daí eu queria ver o índio sendo cozinhado, e um cara falou, ‘se for ver, tem que comer’, daí eu disse, eu como! E ninguém quis ir, porque tinha que comer o índio, então eles não me queriam levar sozinho, e não fui”, disse Bolsonaro na entrevista.

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