Para Cristina Serra, a Folha de S.Paulo é “porta-voz da insensatez”. Em coluna publicada no próprio veículo, a jornalista critica editorial publicado no último sábado (8) que diz que “a agenda liberal dos últimos anos trouxe avanços duradouros”.
“É lamentável que este jornal assuma papel de porta-voz da insensatez, ao cobrar de Lula o reconhecimento de que ‘a agenda liberal dos últimos anos trouxe avanços duradouros’ e ao exigir que o candidato indique quem será seu ministro da Economia”, diz a colunista.
Cristina lembra da fome do país e questiona “para quem” são esses avanços. Leia trechos do texto:
(…) Lula não é um desconhecido, nem uma incógnita. Quando governou, respeitou contratos e o equilíbrio fiscal. Deu um passo gigante em direção ao centro, ao trazer Geraldo Alckmin para vice. As adesões de Simone Tebet, de FHC e dos economistas do Plano Real são um reconhecimento das credenciais democráticas de Lula no exato momento em que Bolsonaro afia as garras contra o STF.
Janio de Freitas, mestre e bússola no ofício, assinalou que exigir de Lula nomes de eventuais ministros é pretexto para apoio a Bolsonaro. A estratégia discursiva da (falsa) equivalência entre os dois candidatos desonra o lema deste jornal (“a serviço da democracia”) e é uma deslealdade com os leitores que nele acreditam.