O pastor André Valadão admitiu nesta quinta-feira (20) que gravou o vídeo de retratação a Lula depois de uma simples citação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nas redes sociais, Valadão publicou o documento da ação e disse que “a fim de que o pedido perdesse o objeto, para que não houvesse invasão ao meu perfil, sob o manto de um pseudo direito de resposta, gravei o vídeo em sentido contrário ao inicialmente feito.”
Na quarta-feira (19), o pastor havia publicado um vídeo nas redes sociais em que aparece lendo um texto de retratação de supostas acusações feitas contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na gravação, ele diz que a retratação teria sido determinada pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes.
O único processo eleitoral contra Valadão no TSE, porém, está sob relatoria da juíza auxiliar, a ministra Maria Claudia Bucchianeri, e não de Moraes. O processo contra Valadão ainda está em tramitação e ainda aguarda decisão.
A ação movida contra ele pela coligação de Lula trata-se de um pedido de direito de resposta. Segundo o TSE informou ao UOL, o pastor foi intimado no dia 6 de outubro, para ter ciência do processo e para apresentar a defesa no prazo de um dia. Na ação, o último andamento foi no dia 19 de outubro com envio dos autos para que o Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifeste também em um dia.
No vídeo de retratação, feito sem que o Tribunal pedisse, Valadão diz que recebeu há alguns dias uma “intimação do TSE através do senhor Alexandre de Moraes”. Ele começa dizendo que Lula não é a favor do aborto, nem da descriminalização das drogas, ou de liberar pequenos furtos.
No entanto, na frase seguinte volta a acusar o petista, dizendo que “os trombadinhas entrarão na sua casa, roubarão sua TV, roubarão seu celular. Você correrá risco de vida e nada acontecerá com eles”.
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