O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, recebeu doação para campanha de R$ 750 mil dos empresários Mardoqueu, Jairo e Gláucio Herculano, réus num processo em que são acusados de homicídio qualificado de três operários pelo rompimento de uma barragem de rejeitos da Herculano Mineração em Itabirito, Minas Gerais, em 2014, segundo o colunista Thiago Herdy, do UOL.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os irmãos realizaram três transações bancárias de R$ 250 mil na conta da campanha do presidente, uma semana após o primeiro turno das eleições, em que Bolsonaro obteve 43,2% dos votos, ficando atrás do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que obteve 48,4%.
Nas redes sociais, Mardoqueu, Jairo e Gláucio fazem campanha para Bolsonaro e contra a neutralidade de amigos e seguidores no segundo turno das eleições.
Em agosto deste ano, a 1ª Vara Criminal de Itabirito determinou que os irmãos e outros funcionários da empresa fossem julgados pelo Tribunal do Júri pela morte dos três profissionais que operavam máquinas na barragem quando ocorreu o seu rompimento.
Até setembro, a campanha de Bolsonaro havia recebido R$ 3,1 milhões de 93 doadores que são infratores ambientais, segundo uma reportagem do site InfoAmazônia. O levantamento não considera a doação da família Herculano Antunes.