Na tarde deste sábado (29), o jornalista Luan Araújo foi ameaçado pela deputada reeleita Carla Zambelli (PL) após uma discussão em São Paulo. Ele se disse está assustado e falou sobre racismo no caso. De acordo com a defesa do jornalista Luan Araújo, vítima de Zambelli, irá prestar queixa de ameaça e racismo contra a parlamentar. A deputada bolsonarista nega haver racismo no caso.
“É algo muito grave. Eu tô… Mais do que a questão política, mais do que a questão assim… Eu sou uma pessoa preta, eu sou uma pessoa periférica, e apontaram arma para mim. A única coisa que eu pensava era na minha mãe, que é uma mulher preta solo. Foi um negócio muito, muito assustador para mim, eu estou assustado até agora, porque eu percebo que pode acontecer qualquer coisa comigo a qualquer momento agora que veio a repercussão”, disse o jornalista.
A defesa de Araújo é composta pelo time de advogados formado por Roberto Beijato Junior, a criminalista Dora Cavalcanti, e por Renan Bohus. O DCM fez uma entrevista com defensor Beijato, e ele afirmou que Zambelli e seus seguranças poderiam ter sido presos em flagrante.
“Eu só quero proteção, só quero que me protejam, protejam a minha mãe, a minha família. E só isso, mais nada politicamente. Só isso”, disse Luan.”Eu sou um homem preto e periférico que apontaram uma arma para mim à luz do dia. Só isso.”.
A defesa de Zambelli, por sua vez, nega racismo e insiste na tese da legítima defesa:
“Não tem nada de racismo nisso. O que teve foi uma violência contra a mulher. Acredito que todas as mulheres gostariam de se defender como eu me defendi. Independente da coloração. Podia ser índio, pardo branco, não interessa. Eu sou casada com um descendente de negro. Meu marido é bastante moreno”, afirmou.