Sem mencionar Lula, Bolsonaro apoia “manifestações pacíficas”: “Nosso sonho segue mais vivo que nunca”

Atualizado em 1 de novembro de 2022 às 18:25
Jair Bolsonaro durante pronunciamento
Foto: Reprodução

Jair Bolsonaro (PL) se manifestou pela primeira vez após cerca de 48 horas do resultado das urnas, na tarde desta terça-feira (1º), sobre a sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição.

O presidente precisou ser convencido por ministros e auxiliares a se manifestar sob a pressão dos bloqueios realizados nas estradas por seus apoiadores contra a vitória de Lula. Diversas rodovias de todo o país estão interditadas por caminhoneiros desde a madrugada de segunda-feira (31).

Em pronunciamento no Palácio do Alvorada, o chefe do Executivo não reconheceu sua derrota no discurso e nem parabenizou o Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela vitória na eleição.

Bolsonaro apenas agradeceu os votos que teve e pediu que as manifestações contra o resultado das urnas sejam pacíficas.

“Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda que sempre prejudicaram a população”, disse Bolsonaro.

“Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição”, afirmou. “Nosso sonho segue mais vivo do que nunca. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros”.

O futuro ex-presidente não fez qualquer menção sobre a transição de governo e deixou a função nas mãos do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

“O presidente Bolsonaro me autorizou, quando for provocado com base na lei, nós iniciaremos o processo de transição”, afirmou o ministro.

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