O presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições, teve que conviver com diversas brigas na sua família durante a campanha. A informação é da coluna de Juliana Dal Piva, do UOL.
No dia seguinte ao segundo turno, se tornou pública a briga entre Carlos, filho 02, e Michelle, ainda primeira-dama, com a notícia de que ela não seguia Bolsonaro nas redes sociais e vice-versa. Michelle fez questão de explicar que isso ocorreu porque as contas não são administradas pelo marido. “Conforme o Jair explicou em várias ‘lives’, quem administra essa rede não é ele”, escreveu ela. De acordo com Juliana Dal Piva, os dois já estavam se desentendendo desde setembro, quando o presidente viajou para o funeral da rainha Elizabeth 2ª. A briga foi pelo protagonismo e proximidade com Jair. A primeira-dama chegou a restringir a presença de Carlos no Palácio da Alvorada.
Na última semana da eleição, quando Carlos estava em uma reunião no Palácio da Alvorada com o pai e outros integrantes da campanha, Michelle pediu a alguém que informasse a ele para se retirar do local, recordando que ela já tinha pedido que ele não frequentasse a residência oficial. Furioso, Carlos foi embora e decidiu não acompanhar mais Jair no debate da Globo, na sexta-feira (28/10).
“Carlos, por sua vez, também estava incomodado com a presença e uso de uma equipe de marketing na campanha. Ele queria reeditar o que, na opinião dele, funcionou em 2018”, diz Juliana Dal Piva no UOL. Esse seria mais um motivo para a desavença.
Além dessa briga, o clã Bolsonaro também teve que conviver com discussões entre Carlos, Flávio e Eduardo, que, segundo a colunista, abalaram o então candidato Bolsonaro em momentos importantes da disputa presidencial.
“Flávio e Carlos também estavam se desentendendo havia meses. Enquanto o senador transitava melhor na cúpula do PL e atuava como coordenador da campanha, Carlos criticava o tempo todo a equipe de marketing defendida pelo irmão”, afirma Juliana Dal Piva.
Após as eleições, o senador Flávio (PL-RJ) publicou em suas redes sociais uma mensagem em que não questionava o resultado da eleição. Ele agradeceu pelos votos e disse para “erguer a cabeça” e “não desistir do Brasil”. Em seguida, escreveu “pai, estou contigo pro que der e vier”.
De acordo com a jornalista, a primeira mensagem desagradou Eduardo e Carlos. O deputado federal de SP defendia a radicalização e o questionamento às urnas, coisa que Bolsonaro vinha fazendo há meses.