Advogada fala ao DCM. AO VIVO. Kiko Nogueira e Pedro Zambarda fazem o giro de notícias. Entrevista com a advogada Janaíra Ramos. Veja o DCMTV.
O Ministério Público de Casca, no interior do Rio Grande do Sul, entrou com um pedido de providências contra assédio eleitoral verificado no município. Nesta segunda-feira (7), mais de 120 estabelecimentos da cidade tiveram que fechar as portas em decorrência de um suposto boicote. A razão do boicote teria sido porque os comerciantes e prestadores de serviço teriam votado no presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As informações são do jornal gaúcho Zero Hora.
Nas redes sociais e em grupos no WhatsApp e Telegram, bolsonaristas incentivam supostos eleitores do candidato petista a marcarem suas casas com o símbolo do PT. Em uma das mensagens, eles escrevem: “Atenção, petista, coloquem esse adesivo na porta do seu negócio. Mostre que você tem orgulho de quem elegeu”.
Em outra publicação, com a bandeira do Brasil, recomenda: “A partir de hoje, vejam onde vocês vão gastar seu dinheiro. Vamos comprar e usar serviços somente de quem pensa como você”.
Absurdo em Casca
No município que possui 9 mil habitantes, o presidente Jair Bolsonaro (PL) teve 71% dos votos, contra 22% de Lula.
As advogadas responsáveis pelo caso, Janaíra Ramos e Marciana Tonial Radin, confirmaram a ação. Janaíra considera que as duas publicações, disseminadas nas redes sociais de moradores da cidade, equivalem à prática nazista de colocar estrelas de David nas casas dos moradores judeus, na Alemanha governada por Adolf Hitler.
O MP informa que a notícia está sendo analisada pela promotora eleitoral Ana Maria Dal Moro Maito, sobre listas que estariam circulando em redes sociais com nomes de comerciantes e pessoas que teriam votado em Lula para boicote.
No entanto, diz que não recebeu nenhuma representação formal sobre a questão de que comerciantes teriam sido coagidos a fechar os estabelecimentos nesta segunda-feira.