A equipe de segurança do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), coordenada por integrantes da Polícia Federal, dispensou a participação do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na transição de governo. O órgão, que cuida da segurança da Presidência da República, é atualmente comandado pelo general Augusto Heleno, um dos ministros mais próximos de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, policiais federais que compõem a equipe de segurança do petista foram surpreendidos, na segunda-feira (7), com a chegada de mais 30 agentes do GSI ao Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição.
Ao serem questionados, os agentes do GSI afirmaram que estavam no local para ajudar no esquema de proteção. O comando da equipe de Lula, então, disse aos integrantes do GSI que não seria necessária a permanência deles, especialmente nas áreas em que o presidente eleito frequentará.
Conforme a lei, o GSI não participa da segurança do presidente eleito e passa a atuar somente após a posse. O gabinete pode ser acionado em caso de necessidade a pedido da equipe do político eleito, o que não foi o caso.
De acordo com relatos de policiais federais, o GSI atuou na transição de governo do ex-presidente Michel Temer (MDB) para Bolsonaro, em 2018. Assim, a pasta teria entendido que o mesmo se repetiria agora.
Pessoas ligadas a Lula afirmaram que os servidores do GSI serão chamados para integrar a segurança antes da posse presidencial, caso seja necessário.