O cantor e compositor Erasmo Carlos, de 81 anos, morreu nesta terça-feira (22). Ele havia sido internado às pressas na manhã de hoje no Hospital Barra Dór, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Erasmo havia recebido alta no início de novembro após ficar internado durante nove dias no hospital, com um quadro de edema.
A sua esposa, Fernanda, estava ao seu lado na hora da morte. A causa da morte ainda não foi divulgada.
Erasmo estava tratando há alguns meses uma síndrome edemigênica, doença que ocorre devido a um desequilíbrio bioquímico, o que atrapalha na manutenção dos líquidos dentro dos vasos sanguíneos. Geralmente é causada por doenças cardíacas, renais ou dos próprios vasos.
Ícone da música brasileira, o cantor iniciou a carreira em 1958 ao participar da The Snakes, banda que tinha Tim Maia como integrante. Com o nome de batismo de Erasmo Esteves, o cantor adotou o sobrenome Carlos em homenagem ao seu amigo Roberto Carlos e a Carlos Imperial, que agenciou sua carreira no início.
O sucesso da carreira veio com Jovem Guarda, programa lançado no final dos anos 1960, onde ganhou o apelido “Tremendão”. O cantor conquistou muitos fãs e estourou com os hits Festa de Arromba e Minha Fama de Mau.
Ao todo, ele tem mais de 682 músicas, 643 gravações registradas no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad). São mais de 800 composições e 38 discos.
Poucos dias antes de falecer, Erasmo recebeu o Grammy Latino pelo álbum O Futuro Pertence À… Jovem Guarda na categoria de Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa.