PT cria núcleo para se reconciliar com evangélicos bolsonaristas

Atualizado em 1 de dezembro de 2022 às 12:51
O presidente eleito Lula (PT) em evento para entrega de uma carta pública aos Cristãos
Foto: Reprodução/Ricardo Stuckert

O PT, partido do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, reuniu vários evangélicos ligados ao partido para desenvolver uma comissão que trabalhará para reaproximar a legenda das lideranças religiosas que estiveram ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL) nos últimos anos.

A proposta de encabeçar uma comissão para tratar da reaproximação religiosa veio do ex-ministro Gilberto Carvalho. Durante a campanha presidencial, ele já comentava que o futuro do país acabaria dependendo de uma nova abordagem do PT em relação aos evangélicos, que foram uma ampla base do eleitorado de Bolsonaro.

O sociólogo Paulo Gracino Junior, pós-doutor em Sociologia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), que concedeu uma entrevista à Folha de S.Paulo, afirma haver espaço para o PT conseguir reconquistar o espaço perdido entre os evangélicos. 

No entanto, a procura pelas principais lideranças evangélicas do país não deverá ser imediata no novo governo. A primeira missão do grupo petista será procurar outros partidos políticos para começarem a discutir sobre o assunto e, então, conseguir elaborar as diretrizes em conjunto.

Gilberto Carvalho também é o responsável pela organização da posse e dos cuidados que envolvem Lula e o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB). Gilberto está convocando a militância do partido para comparecer aos arredores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o local onde a chapa eleita será diplomada.

O partido do presidente eleito enviou uma primeira sinalização aos evangélicos quando concordou com a sugestão da ex-deputada e senadora Eliziane Gama (Cidadania) de manter o termo “Família” na nomenclatura do Ministério dos Direitos Humanos.

Em outro momento, antes do resultado das eleições de segundo turno, o então ex-presidente Lula apresentou uma carta elaborada pela sua campanha ao público evangélico. No texto, o petista reafirma o compromisso com a liberdade de culto e de religião no país. Ele diz que não fechará igrejas e afirma que lutará para fortalecer as famílias para que os “jovens sejam mantidos longe das drogas”.

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