Após a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno das eleições, o presidente Jair Bolsonaro (PL) terá que deixar o Palácio do Alvorada, a residência oficial do presidente. O PL desembolsou o aluguel de uma casa de quatro quartos em um condomínio de luxo fundado em 1996. As despesas de aluguel, condomínio e IPTU ficarão a cargo do partido.
No entanto, mesmo com a derrota, a procura de uma casa para morar a partir do dia 1° de janeiro de 2023 não é um problema para o presidente, que já tem um novo lugar para residir. O Palácio da Alvorada será trocado pelo condomínio Ville de Montagne, situado no bairro do Jardim Botânico, em Brasília (DF).
Apesar disso, o ex-deputado e presidente do PL, Valdemar da Costa Neto (PL), está espantado com a fraqueza apresentada pelo chefe do Executivo desde sua derrota. O presidente do partido questiona a capacidade de Bolsonaro de liderar a oposição.
Segundo o site oficial do próprio Ville de Montagne, o espaço trata-se de um local com “áreas de encostas, nascentes, cachoeiras e muito verde que cerca a região, (…) com exuberante magnitude de natureza, objetivando morada saudável, preservando o que de melhor oferece a situação ecológica da região, onde o bem estar, a paz, as flores, a harmonia, a fraternidade e o amor façam morada conosco”.
O partido do presidente, antes de escolher a nova residência de Bolsonaro, levou em consideração a segurança que o condomínio oferece, por ser um local mais isolado. O ministro da Justiça, delegado Anderson Torres (União), tem uma casa na propriedade.
Outro fator que pesa na decisão de Bolsonaro de permanecer em Brasília é a proximidade com seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PL), e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que continuarão morando na capital.
O condomínio, aliás, também será ocupado pelo vice-presidente e eleito senador Hamilton Mourão (Republicanos). Ao contrário do que manifestantes bolsonaristas vêm insistindo nas últimas semanas em relação ao pleito, Mourão aceitou a vitória de Lula e disse “foi eleito e agora tem que governar”.
Antes da mudança do ex-capitão, outra questão que fica: o que será do célebre imóvel no Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro, onde ele morava antes de assumir a presidência?
Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Bolsonaro não deve voltar para o Rio de Janeiro. O antigo imóvel já está fechado há quase quatro anos. Segundo interlocutores do presidente, “está sendo comido pelos cupins, pois ninguém nunca mais entrou lá”.