O presidente do Peru, Pedro Castillo, foi preso após ser destituído pelo Congresso por tentar implantar um golpe de Estado. Ele não recebeu apoio das Forças Armadas do Peru e o Parlamento decidiu por desocupá-lo do cargo de presidente.
Sem saída, ele tentou fugir do Palácio do Governo despercebido. Além dele, estavam a mulher, Lilia Paredes, os filhos e a cunhada. Eles foram detidos quando estavam retirando seus pertences em sacolas.
O chefe do Executivo peruano buscaria asilo na embaixada mexicana. No entanto, o caminho para chegar à instituição estava bloqueado. Segundo o jornal El Comercio, Castillo foi detido pela Segurança do Estado e atualmente está sendo mantido no prédio da prefeitura de Lima, capital do país andino.
Após decretar estado de exceção nesta quarta-feira (7), uma sessão de emergência do Parlamento foi convocada e Castillo destituído por “permanente incapacidade moral”. A moção de vacância foi apresentada com o apoio de 67 votos e admitida em debate com 101 votos a favor, seis contra e 10 abstenções.
O Congresso convocou Dina Boluarte, a vice-presidente, para assumir a presidência. Ela deve ser empossada ainda hoje às 15h de Lima (17h de Brasília).
Nas redes sociais, Boluarte disse que repudia “a decisão de Pedro Castillo de praticar a quebra da ordem constitucional com o fechamento do Congresso. Trata-se de um golpe de Estado, que agrava a crise política e institucional que a sociedade peruana terá que superar com apego estrito à lei”.
As Forças Armadas do país e a Polícia Nacional do Peru (PNP) emitiram nota oficial conjunta ratificando seu respeito pela ordem constitucional.
A própria equipe de Castillo foi contra sua decisão. Nas últimas horas os ministros de várias pastas anunciaram suas renúncias aos cargos, como titular da Economia, Kurt Burneo, dos Transportes e Comunicações, Richard Tineo e do Ambiente, Wilbert Rozas.