O Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro entrou com uma ação contra Cláudio Castro (PL) e onze aliados por abuso de poder político e econômico durante campanha eleitoral. O governador reeleito é suspeito de desvios na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Segundo a denúncia, Castro e seus aliados usaram cargos fantasmas na Fundação Ceperj em troca de votos. As investigações apontam que ao menos 27 mil cargos fantasmas foram criados. O pagamento ocorria, em sua maioria, por meio de saques na “boca do caixa”, o MP afirma que os funcionários fantasmas sacaram quase R$ 226,5 milhões.
O MP Eleitoral também suspeita que esses funcionários fantasmas devolviam uma parte de seus salários para financiar a campanha de Castro e de seus principais aliados, como o secretário de Governo, Rodrigo Bacellar e outras dez pessoas.
O caso será encaminhado para o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro. Se o TRE-RJ aceitar a denúncia e condenar a chapa de Castro, o governador pode ter seu mandato cassado, assim como seus aliados.
Entre os acusados estão o vice-governador Thiago Pampolha Gonçalves (União Brasil); o ex-secretário de Esporte, Lazer e Juventude, Gutemberg de Paula Fonseca (PL); o deputado estadual reeleito Leonardo Vieira Mendes (PSC); o deputado federal eleito Aureo Lídio Moreira Ribeiro (Solidariedade); o ex-deputado estadual Bernardo Chim Rossi (Solidariedade); o ex-subsecretário Estadual de Infraestrutura e Obras, Allan Borges; o deputado federal eleito Max Lemos (PROS); o deputado federal Marcos Venissius da Silva Barbosa (Podemos); o secretário Estadual de Trabalho e Renda, Patrique Welber Atela e a secretária Estadual de Cultura e Economia Criativa, Danielle Christian Ribeiro Barros.