O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, voltou atrás nesta quarta-feira (21) e substituiu o nome que havia indicado ontem para diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Dino havia nomeado Edmar Moreira Camata para o cargo. A indicação, porém, não foi bem recebida por ele ser um lavajatista declarado e ter defendido a prisão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Hoje, Dino anunciou Antônio Fernando Oliveira como substituto de Camata. Segundo ele, o que motivou a decisão foi o “teor das postagens” do policial nas redes sociais. Seguidor de Bolsonaro no Instagram, Edmar possui fotos ao lado do ex-coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, além de publicações exaltando o ex-juiz Sergio Moro.
“Em face da polêmica, é claro que ele no futuro não reuniria condições para se dedicar como nós gostaríamos”, afirmou o futuro ministro.
O novo indicado por Dino é policial rodoviário federal desde 1994, tendo atuado na Bahia e no Maranhão. Antônio Fernando Oliveira é pós-graduado em Direito Tributário e mestrando em Ciências Jurídicas pela Universidade Autônoma de Lisboa.
Na terça-feira (20), o presidente Jair Bolsonaro exonerou o atual diretor-geral da PRF Silvinei Vasques do cargo. Até janeiro, a direção da PRF ficará a cargo do Diretor-Geral Substituto (atual Diretor-Executivo), Marco Antônio Territo de Barros.
Veja como foi o pronunciamento de Flávio Dino: