Publicado originalmente no “Brasil de Fato”
Na última quarta-feira (21), Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador eleito de São Paulo, anunciou que a vereadora pela capital paulista, Sonaira Fernandes (Republicanos), será a próxima secretária da Mulher do estado.
A indicação de Fernandes é uma reconciliação de Freitas com o grupo conhecido como “bolsonarismo raiz”, que estava sem espaço no próximo governo paulista, e o reaproxima do presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem havia se afastado desde a eleição.
Em suas redes sociais, Sonaira Fernandes carrega nas tintas no discurso antifeminista. No dia 11 de dezembro deste ano, em resposta a uma publicação do jornalista Guga Noblat, que defendia o feminismo, a próxima secretária da Mulher de São Paulo postou: “O feminismo é o grande genocida do nosso tempo, essa ideologia imunda mata mais que guerras e doenças. Só uma pessoa cega para a verdade não enxerga isso. Abra os olhos, Guga Noblat”.
Em outra publicação, no dia 22 de fevereiro deste ano, a vereadora bolsonarista volta a atacar o movimento. “O aborto foi descriminalizado na Colômbia até 24ª semana de gestação do bebê. O feminismo é isso: morte e destruição. Que Deus nos ajude a impedir que esse mal se instale em nosso país.”
Na mesma data, Fernandes insistiu no tema: “O feminismo é sucursal do inferno. Quem se diz feminista e cristã está servindo ao Satanás e seus demônios”. A bolsonarista tomará posse em 1º de janeiro, como secretária do governo de Tarcísio de Freitas.
O feminismo é a sucursal do inferno. Quem se diz feminista e cristã está servindo ao Satanás e seus demônios.
— Sonaira Fernandes (@Sonaira_sp) February 22, 2022