Na manhã desta quinta-feira (29/12), cerca de 60 simpatizantes do presidente Jair Bolsonaro (PL) fizeram uma passeata contra a retirada do acampamento golpista em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.
A ação conjunta estava sendo feita pela Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do Distrito Federal (DF Legal), e o Exército para desmontar estruturas vazias no acampamento golpista. O trabalho da Secretaria tem foco na prevenção de grandes invasões. O objetivo era tentar incentivar a desmobilização de manifestantes que estão no local desde o fim das eleições.
No entanto, os apoiadores do chefe do Executivo se juntaram para evitar o desmonte. Pedras foram atacadas. “Supremo é o povo, daqui eu não me movo”, gritava o grupo. A operação foi abortada logo em seguida.
Os agentes foram cercados pelos manifestantes e precisaram de escolta da Polícia do Exército, que faz o patrulhamento do entorno de quartéis, para voltar para os carros, caminhões, caçambas e ônibus destacados para a operação, segundo o UOL.
Um carro ficou para trás e foi cercado por manifestantes golpistas. Houve discussão e o veículo foi atacado com socos e pontapés. O motorista fez uma arrancada brusca e derrubou uma pessoa, que não se feriu.
De acordo com a Folha de S. Paulo, pessoas envolvidas no episódio afirmaram que algumas barracas chegaram a ser retiradas nesta manhã, mas a orientação ao DF foi para que não voltasse ao local para evitar confronto, diante da reação dos bolsonaristas.
Há também a preocupação para que as tentativas de desmobilização não inflamem os simpatizantes do ex-capitão, faltando poucos dias para a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Veja os vídeos:
Ânimos ficam inflamados no QG após chegada de forças policiais.
Bolsonaristas acampados em frente ao QG do Exército em Brasília reagiram à chegada das equipes, e ânimos ficaram exaltados na manhã desta 5ª.
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— Metrópoles (@Metropoles) December 29, 2022
Desde as primeiras horas desta quinta-feira (29/12), as polícias Civil e Federal cumprem 32 ordens judiciais de busca e apreensão e de prisão contra envolvidos em atos de vandalismo praticados no Distrito Federal em 12 de dezembro.
A ordem foi expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e os mandados são cumpridos no DF, e nos estados de Rondônia, Pará, Mato Grosso, Tocantins, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro.