Dino: interventor mudará comando PM-DF e Estado deve ser ressarcido pelos vândalos

Atualizado em 9 de janeiro de 2023 às 17:16
O ministro da Justiça, o ex-governador Flávio Dino (PT), durante coletiva de imprensa
Foto: Reprodução/YouTube

No início da tarde desta segunda-feira (9), o ministro da Justiça e Segurança Pública, o ex-governador Flávio Dino (PSB), dissertou sobre as consequência dos atos terroristas, informando que os 1.200 bolsonaristas detidos nos acampamentos em frente ao QG do Exército, em Brasília, serão ouvidos pela Polícia Federal até a terça-feira (10).

O novo ministro ainda afirmou ainda que, após a oitiva de testemunhas, será da competência do Poder Judiciário decidir sobre a manutenção das prisões dos terroristas que foram detidos.

“Caberá ao Judiciário dizer o que vai acontecer com eles. Alguns serão submetidos à audiência de custódia, outros podem eventualmente receber o benefício da liberdade provisória”, disse Dino. “Então, não podemos dizer o que vai acontecer com cada um. Haverá encaminhamento ao Poder Judiciário, creio que hoje ou amanhã”

Para ele, foram cometidos os seguintes crimes: tentativa de golpe de estado e de abolição do estado democrático de direito, crime de dano ao patrimônio público, associação criminosa e lesão corporal, praticadas contra agentes públicos e jornalistas.

O ex-governador do Maranhão disse ainda que o Estado processará os vândalos civelmente, para que ressarçam os cofres públicos dos danos causados.

Os golpistas mobilizaram-se em todo o país, mandando centenas de ônibus a Brasília. Segundo informações da inteligência do governo federal, mais de quatro mil golpistas chegaram ao Distrito Federal. Os danos causados pelos terroristas são enormes.

Em outro momento da coletiva, Dino assegurou que “haverá revisão” nas forças de segurança do DF, no âmbito da Intervenção Federal decretada por Lula: “Sobretudo na PM”, frisou o titular da pasta da Justiça.

Na manhã de hoje, cerca de 1300 terroristas estavam sendo escoltados para a sede da Polícia Federal (PF), onde passarão por triagem. Os terroristas que foram interrogados entregaram nome de seus financiadores que, em sua maioria, são empresários do agronegócio.

Desde a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu a eleição para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), os apoiadores montaram suas tendas no local e vêm reivindicando pleitos golpistas. Alguns dos terroristas foram identificados e devem responder na Justiça. 

Os bolsonaristas que estavam no acampamento foram levados dentro de um ônibus para a academia da Polícia Federal, onde serão ouvidos.

“É claro que eles estão sendo ouvidos e as providências de polícia judiciária serão tomadas, inclusive com a posterior comunicação ao Poder Judiciário”, informou o ministro, durante sua coletiva.

Os acampamentos em frente ao QG do Exército, em Brasília, foram desmanchados na manhã de hoje, por ordem do ministro Alexandre de Moraes.

Assista a coletiva:

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