Uma investigação para apurar a conduta da rede Jovem Pan foi aberta pelo Ministério Público Federal (MPF). O foco da investigação será a veiculação de notícias falsas e comentários abusivos pela emissora, sobretudo contra os Poderes constituídos e a organização dos processos democráticos do país.
O órgão realizou levantamento ao longo dos últimos meses e detectou que a Jovem Pan, a princípio, tem veiculado sistematicamente fake news e discursos que atentam contra a ordem institucional em um período que coincide com a escalada de movimentos golpistas e violentos em todo o país.
Um dos comentários que motivaram a investigação foi o do jornalista Alexandre Garcia, que fez uma leitura distorcida da Constituição brasileira. “Nos últimos dois meses as pessoas ficaram paradas esperando por uma tutela das Forças Armadas. A tutela não veio. Então resolveram tomar a iniciativa”, disse.
Alexandre Garcia vendendo versões fantasiosas para a seita da Jovem Pan. pic.twitter.com/aZTu9C4JdD
— Ruan Rodrigues (@DrRuanRodrigues) January 9, 2023
Já Paulo Figueiredo é mencionado por “validar os atos de vandalismo”. “As pessoas estão revoltadas com a forma como o processo eleitoral foi conduzido, elas estão revoltadas com a truculência com que certas instituições têm violado a nossa Constituição”, destacou.
O ex-deputado estadual por SP, Fernando Capez minimizou os atos promovidos pelos simpatizantes do ex-presidente: “Um ou outro vândalo que se infiltra, mas 99,9% são pessoas que estão ali expondo a sua indignação, sua maneira de pensar”.
Rodrigo Constantino e Zoe Martinez também estão na mira do MPF. Constantino, em 14 de novembro de 2022, afirmou que os resultados das eleições do país são frutos de “um malabarismo do Supremo”. Já Zoe, defendeu em 21 de dezembro de 2022 que as Forças Armadas destruíssem os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).