“Todos que participaram do ato golpista serão punidos. Não importa a patente”, diz Lula sobre militares

Atualizado em 18 de janeiro de 2023 às 19:39
Presidente Lula (PT) durante entrevista a Natuza Nery, da GloboNews. Foto: Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (18) durante entrevista à GloboNews, que todos os militares que participaram dos atos terroristas em Brasília, no último dia 8, serão punidos.

“Todos que participaram do ato golpista serão punidos. Todos. Não importa a patente, não importa a força que ele participe”, declarou o petista. “Todos que a gente descobrir que participaram dos atos serão punidos. Terão que ser afastados das suas funções e vão responder perante a lei”.

O chefe do Executivo também falou sobre sua relação com militares e disse que “quem quiser fazer política, que tire a farda”: “As pessoas estão aí para cumprir suas funções, e não para fazer política. Quem quiser fazer política, tira a farda, renuncia a seu cargo, cria um partido político e vá fazer política”.

“O Brasil é um país muito grande, o Brasil tem uma fronteira muito grande, tanto a marítima quanto a fronteira terrestre, o Brasil tem uma população grande, e nós precisamos então ter umas forças armadas preparadas e fortalecidas para que a gente cumpra aquilo que está na Constituição, a defesa do povo brasileiro contra qualquer possível ataque externo. Ou seja, nós estamos tranquilos”.

Lula ainda disse que é preciso “não politizar as Forças Armadas” e que as instituições não precisam ter partido nem candidato. “O soldado, o coronel, o sargento, o tenente, o general, ele tem direito de voto, ele tem direito de escolher quem ele quiser para votar. Agora, como ele é um cargo de carreira, ele defende o estado brasileiro. Ele não é Exército do Lula, ele não é do Bolsonaro, não foi do Collor, não foi do Fernando Henrique Cardoso”, afirmou.

“Essas instituições que dão garantia a esse país não precisam ter partido e não precisam ter candidato, eles têm que defender o estado brasileiro e defender a Constituição”.

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