O Exército tem negado que houve uma tentativa de golpe no último dia 8, quando bolsonaristas promoveram um ataque terrorista em Brasília. Militares reconhecem que houve “falhas de inteligência”, mas afirmam que o episódio deve ser tratado como uma “manifestação que saiu do controle”. A informação é da coluna de Carla Araújo no portal UOL.
Membros da caserna também alegam que não houve adesão de nenhuma das três Forças ao ato terrorista. Eles afirmam que acreditavam que o movimento na frente do quartel-general do Exército vinha se esvaziando e que a chegada de ônibus com os terroristas foi uma surpresa. Apesar da relatório produzido pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência) na véspera, militares não detectaram nenhuma sinalização de distúrbio social.
Mesmo com a adesão de militares no ataque terrorista, a cúpula do Exército acredita que o movimento existiu somente entre a reserva. Até o momento, não foram identificados militares da ativa no episódio, mas eles admitem que há possibilidade de que soldados possam ter participado do ato “em momentos de folga” ou “à paisana”.
Integrantes da Força têm elogiado José Múcio, ministro da Defesa, por sua atuação na pasta. Ele tem feito visitas frequentes a quartéis e já promoveu dois encontros para tentar se alinhar com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Múcio busca uma nova reunião entre os militares e Lula. Sua atuação na pasta tem sido positiva para membros das Forças, que acreditam que o ministro tem buscado aproximação com a cúpula e buscado aproximação.
A ordem do Exército é se descolar da imagem de Bolsonaro e buscar investimentos por meio de uma aproximação com o presidente. Por isso, a ordem na caserna é lembrar que os militares pertencem a uma instituição do Estado.