O tenente-coronel Alexandre Augusto Piovesan, um dos presos por tráfico de drogas em uma das aeronaves da Força Aérea Brasileira, que integrava a comitiva do então presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2019, teria tido acesso ao cartão corporativo do ex-chefe do Executivo.
Na época da prisão, na Espanha, Alexandre Augusto foi preso em flagrante com 39 quilos de cocaína. O militar estava junto com uma equipe do governo que iria ao Japão para o encontro do G-10.
A investigação, feita pelo jornalista Cleber Lourenço em parceria com o jornalista Diego Feijó, se baseou numa requisição do deputado federal Ivan Valente (PSOL), que no mesmo ano, buscou saber quais eram os servidores com acesso ao cartão.
Após enviar um ofício ao chefe da secretaria-geral da Presidência da República, o deputado recebeu o requerimento de resposta que indicava que cerca de 32 pessoas tinham acesso ao cartão naquele momento. Destes, 15 são militares, 7 ainda estavam da ativa e 8 da reserva. Um deles é Piovesan, que aparece na lista de servidor público.
O tenente-coronel foi alvo da operação Quinta Coluna deflagrada para apurar a extensão de um esquema de tráfico e remessa de drogas em aviões usados pela comitiva de Bolsonaro.
O que resultou numa lista com 32 nomes. pic.twitter.com/fbgZpRPhgx
— Cleber Lourenço (@ocolunista_) January 20, 2023