Yanomamis: Lula exonera 11 coordenadores de saúde indígena após tragédia

Atualizado em 23 de janeiro de 2023 às 10:55
O presidente Lula visitou a terra ianomâmi em Roraima no fim de semana Foto: Ricardo Stuckert

Nesta segunda-feira (23), o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exonerou 11 coordenadores distritais de saúde indígena do Ministério da Saúde. As demissões foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) e foram assinadas pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

De acordo com informações do UOL, um dos exonerados é Marcio Sidney Sousa Cavalcante. Ele exercia o cargo no leste de Roraima, estado visitado pelo presidente no fim de semana. Lula foi até o território Yanomami após o Ministério da Saúde decretar estado de emergência para combater a falta de assistência sanitária na região.

Segundo o Ministério dos Povos Indígenas, mais de 500 crianças Yanomamis morreram por contaminação por mercúrio, desnutrição e fome, “devido ao impacto das atividades de garimpo ilegal na região”.

“É desumano o que eu vi aqui. Sinceramente, se o presidente que deixou a Presidência esses dias em vez de fazer tanta motociata tivesse vergonha e viesse aqui uma vez, quem sabe esse povo não tivesse tão abandonado como está”, disse o petista no último sábado (21).

Foram exonerados:

  • Gabriel Ribeiro Santos (Minas Gerais e Espírito Santo);
  • Alexandre Rossettini de Andrade Costa (Interior Sul);
  • Adilton Gomes Assunção (Bahia);
  • Ruy de Almeida Monte Neto (Ceará);
  • Eloy Angelo dos Santos Bernal (Porto Velho);
  • Alberto Jose Braga Goulart (Maranhão);
  • Luiz Antonio de Oliveira Junior (Mato Grosso do Sul);
  • Audimar Rocha Santos (Cuiabá);
  • Marcio Sidney Sousa Cavalcante (Leste de Roraima);
  • Atila Rocha de Oliveira (Parintins);
  • Igle Monte da Silva (Alto Rio Juruá).
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