A produtora bolsonarista Brasil Paralelo, acusada pela CPI da Covid-19 de disseminar fake news sobre a pandemia, demitiu na última segunda-feira (6) aproximadamente 60 funcionários.
Relatos obtidos pelo jornal Metrópoles revelam que a empresa priorizou a demissão de funcionários que estavam há mais tempo na casa.
A produtora, em nota, informou que “se mantém independente, seja qual for o perfil do governo do dia”, e que sustenta o “princípio de nunca receber recursos públicos nem incentivos governamentais”.
“Frente aos desafios do cenário econômico mundial, a companhia busca eficiência em sua operação, assim como ocorre com quase todas as empresas do mundo no atual momento. A Brasil Paralelo seguirá buscando crescimento de forma sustentável, com foco no streaming e, agora, na dramaturgia, com o lançamento de sua primeira obra de ficção em 2023”, disse.
Além das acusações de propagar fake news, a Brasil Parelo é acusada de utilizar material de terceiros sem a devida autorização, após utilizar, sem licenciamento, imagens da TV Globo.
Mesmo com a informação publicada em nota pela empresa à respeito de um “cenário econômico difícil”, sabe-se que a PB aculmula milhões em pagamentos de propagandas em redes sociais. A produtora é a maior anunciante nas redes sociais da Meta, com R$ 16,7 milhões investidos desde agosto de 2018.
O WhatsApp, segunda empresa a gastar mais no Facebook e no Instagram, desembolsou R$ 14,1 milhões, enquanto o Facebook, terceiro maior anunciante, pagou R$ 3,4 milhões.