O governo do presidente Lula (PT) utilizará a necessidade de preservação da floresta Amazônica como um instrumento geopolítico, para reposicionar o Brasil nas relações exteriores. A avaliação é do jornalista Jamil Chade, do UOL.
Há um entendimento em diferentes ministérios de que o país só conseguirá recuperar credibilidade internacional se reduzir o desmatamento. Por conta disso, um dos objetivos do governo neste início está sendo mostrar ao mundo que não há apenas uma mudança de discurso, mas também de políticas com impacto real na situação.
De acordo com o UOL, o tom que ministros brasileiros têm usado em encontros com fundos privados é de que o governo está consciente do desafio que é proteger a Amazônia. Mas que a presença do estado já começa a dar resultados, com a queda do desmatamento em 61% em janeiro, a expulsão de garimpeiros e o resgate de populações vulneráveis.
Em 2023, o novo governo brasileiro participará de uma cúpula que está sendo organizada entre os países que fazem parte da bacia do Amazonas e em 2024 o Brasil será sede das reuniões do G20. Já em 2025, o país pretende receber a Conferência da ONU sobre o Clima. Todos esses eventos diplomáticos passam pelo posicionamento de Lula em relação à floresta Amazônica.