O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) gastou R$ 3,8 milhões com o cartão corporativo da Vice-Presidência da República ao longo dos quatro anos do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com os dados obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e consultados pelo Estadão em parceria com a Fiquem Sabendo, as principais despesas do general estão relacionadas a alimentação, hospedagens e viagens.
Entre os gastos feitos pelo ex-vice de Bolsonaro estão: compras em supermercados, sendo alguns deles gourmets, peixarias, hotéis, empresas de fornecimento de alimentação a bordo e até clínicas e hospitais, no Brasil e no exterior.
Ao longo dos quatro anos do governo do ex-capitão, com exceção da Ueda Pescados, que recebeu R$ 89 mil do vice-presidente, seis empresas receberam mais de R$ 100 mil cada. São elas: o Mercadinho La Palma (R$ 311.498,83), o Pão de Açúcar (R$ 282.421,49), a Super Adega (R$ 264.391,34), o Big Box (R$ 241.197,16), a Atlântica Hotéis (R$ 204.080,15) e a International Meal Company (R$ 102.071,53).
Mourão também gastou R$ 205 na Açaí Capital, R$ 551 na sorveteria Brazilian Ice Cream, R$ 1,3 mil na padaria francesa La Boutique e R$ 9,3 mil na doceria Sweet Cake. Também há gastos de R$ 518 em lojas especializadas em manutenção e venda de bicicletas em Brasília.
Vale destacar que, durante viagens internacionais, as maiores despesas feitas pelo general eram com hotéis e alimentação aérea. No entanto, os registros também mostraram que Mourão gastou R$ 1.043 no tradicional restaurante Gambrinus, em Lisboa.