O TikTok disse ter derrubado 10.442 vídeos que incitaram violência, terrorismo e desinformação durante os ataques golpistas de 8 de janeiro e nos dias que se seguiram.
Entre as plataformas de redes sociais, o TikTok é a única empresa, até agora, a divulgar os dados internos sobre os ataques.
Em documento enviado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a mídia social disse que removeu 1.304 vídeos que violaram sua política de extremismo violento, que engloba incitação à violência e terrorismo. O TikTok informou também que retirou 5.519 conteúdos que feriram a diretriz de “desinformação com riscos de danos no mundo real” e 3.614 que infringiram as regras sobre desinformação eleitoral. O período contabilizado foi de 8 a 15 de janeiro.
De acordo com a plataforma, apenas 5 URLs foram removidas a partir de demandas do Supremo Tribunal Federal (STF) no período.
Autoridades não solicitaram às plataformas dados sobre o dia 8 de janeiro, mas os ataques levaram o governo a acelerar discussões sobre a regulação das redes sociais no Brasil. Uma proposta de medida provisória para conter a circulação de conteúdos democráticos chegou a ser elaborada no Ministério da Justiça. Ela deve avançar sob outro formato.
O TikTok informou que recebeu do TSE, entre 15 de fevereiro e 31 de dezembro do ano passado, 128 links para análise, e que removeu 106 desses (83%).
Em 2021, segundo o documento, a Justiça emitiu 90 ordens à empresa. “Entre 16 de agosto e 31 de dezembro, removemos 66.020 vídeos que violam nossa política de desinformação sobre eleições, dos quais 91,1% foram detectados proativamente”.