Em editorial publicado neste domingo (19), a Folha de S.Paulo diz que o Partido dos Trabalhadores “envelheceu mal” e trata o golpe de estado sofrido por Dilma Rousseff em 2016 como “impeachment”. O texto compara a sigla como um indivíduo que não consegue enxergar os próprios problemas e olhar para a frente, citando ainda alguns escândalos, como o mensalão e a Lava Jato.
De acordo com a publicação, o PT ameaça o emprego e a renda de dezenas de milhões de brasileiros por se apegar a “doutrinas empoeiradas”. O artigo diz que o partido se apega na fábula de que pessoas manipularão juros, impostos e gastos públicos na direção correta como se tivessem uma varinha de condão:
O passado atormenta o Partido dos Trabalhadores, como a um indivíduo incapaz de resolver as suas neuroses e olhar para a frente.
Na semana em que comemorou os 43 anos de fundação, o diretório nacional da agremiação divulgou uma resolução em que reitera o seu apego a teses derrotadas pela história e insiste em não chamar pelo nome os fatos desabonadores da trajetória petista. (…)
O manifesto chama de golpe a deposição da presidente Dilma Rousseff, o que tampouco resiste ao confronto com a realidade. A denúncia foi aceita pela Câmara, com voto de 72% dos deputados, e o processo correu sob a direção do presidente do Supremo Tribunal Federal no Senado, onde 75% decidiram pela cassação. (…)
Se a falsificação da história cobra seus maiores custos do próprio PT, o apego a doutrinas empoeiradas na economia ameaça a renda e o emprego de dezenas de milhões de brasileiros.
A sigla, vê-se na resolução de aniversário, continua devota de que alguns iluminados em posições de Estado terão o condão de fazer deslanchar o desenvolvimento. Bastaria manipularem na direção que consideram correta os juros, o câmbio, os impostos, o gasto público e as decisões empresariais ditas “estratégicas”.
Em nome dessa quimera, o partido agora investe contra a autonomia do Banco Central, a privatização da Eletrobras, a Lei das Estatais e a contenção do BNDES, iniciativas tomadas para evitar a repetição dos abusos que engendraram o descalabro recessivo de 2014-16. (…)
Envelheceu mal.
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