Mas os relatos sobre os mantimentos são controversos.
Na Folha, uma mulher contou que a cena parece obscena no meio do que descreveu como “cenário de guerra” com “muito morto” e “gente perambulando com bebê”. “Dá ódio. Helicóptero que poderia ser usado para resgatar ou trazer remédio, colchão. O mínimo era abastecer o helicóptero com doação na vinda”, disse ela.
“Hoje fomos no mercado, ficamos 2h40 na fila e, quando chega lá, só pode comprar dois litros de água”, afirmou Priscilla Gidget à CNN na segunda, dia 20, ilhada com outras famílias.
“O mercado não tem mais papel higiênico, não tem macarrão, arroz, feijão. Até trouxemos [de São Paulo], mas está acabando, porque estamos com as crianças. Damos primeiro para elas e depois comemos o que sobra.”
“Eles [os helicópteros] estão no centro de Cambury e ficam fazendo anúncio de que estão fretando voos para São Paulo. Não pode ir com as malas, as malas ficam aqui com o carro. Cabem seis pessoas e eles cobram R$ 16 mil para dividir a viagem”, afirma.
“Poderiam aproveitar esse comércio aéreo. Como estão vendendo esses voos pra quem tem dinheiro, estão com a liberação aérea para isso, daria para trazer água, alimentos. Se eles estão indo para São Paulo, estão voltando com a aeronave vazia.”