Xi Jinping deve participar de cúpula com Putin em Moscou

Atualizado em 22 de fevereiro de 2023 às 11:18
O presidente russo Vladimir Putin com o líder chinês Xi Jinping, em Brasília, em 2019
Foto: Reprodução/Mikhail Svetlov/Getty Images

Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, devem se encontrar em Moscounos próximos meses. Por ora, os preparativos para a visita ainda estão em um estágio inicial e o cronograma ainda não está pronto. A expectativa é de que Xi vá a Moscou em abril ou no início de maio, essa será a 1ª vez que o líder chinês irá à Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, um ano atrás.

Em uma chamada de vídeo na última sexta-feira (17), as autoridades destacaram o aprofundamento dos laços entre seus países e, então, o líder russo convidou seu par para uma visita de Estado a Moscou. As informações são do jornal norte-americano The Wall Street Journal.

A imprensa oficial chinesa não citou o convite quando reportou a conversa, em razão dos sinais de impaciência de Pequim com os impactos políticos e econômicos da invasão da Ucrânia. O presidente da China deverá usar a viagem para pressionar Putin a negociar um “cessar-fogo” com a Ucrânia. A medida faria parte de um esforço chinês para “articular” um papel mais ativo para encerrar o conflito.

Nos minutos iniciais da chamada, transmitidos pela imprensa russa, Putin disse que o relacionamento entre os dois países é o “melhor da História”, chamando a parceria estratégica de “fator estabilizante” em meio a tensões geopolíticas crescentes. O chinês afirmou que está pronto para aumentar a “parceira estratégica” em um contexto mundial que classificou “difícil”, sem mencionar diretamente o conflito na Ucrânia.

O convite foi feito quando o presidente russo disse esperar seu “grande amigo” para “uma visita de Estado a Moscou na próxima primavera” boreal, que “demonstraria ao mundo inteiro a força das relações russo-chinesas em assuntos-chave”. Aparentemente, o presidente chinês atendeu o pedido e aceitou fazer a visita.

Até o momento, em relação a guerra na Ucrânia, a China adotou uma posição de neutralidade e se absteve de condenar a invasão russa. Desde então, o governo chinês revelou somente uma preocupação com a escalada do conflito e tem adotado um discurso que deseja a garantia da paz e estabilidade global.

Segundo o Poder360, o Ocidente está observando com certa preocupação a aproximação entre as duas nações e um eventual apoio militar chinês à Rússia na guerra contra a Ucrânia.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clique neste link

Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link