O advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas, rebateu o Estadão após o jornal afirmar que o grupo está dividido em relação a quem apoiar para a vaga de Ricardo Lewandowski, no STF. “Chega a ser infantil a sórdida tentativa de criar atritos entre o nosso grupo e o advogado Cristiano Zanin”, afirmou. Eis o depoimento enviado ao DCM:

O Grupo Prerrogativas, ao contrário do que sugere a matéria publicada no dia de hoje, não está e nem nunca esteve dividido.

Muito pelo contrário: Vive um dos seus melhores momentos. As eventuais diferenças que existem entre alguns dos seus membros são menores do que as infinitas convergências que os unem e singularizam.

Mas o fato é que nenhuma destas diferenças recai sobre a escolha para a próxima vaga que abrirá no STF. Apoiaremos, desde o primeiro segundo, as escolhas do presidente Lula para os Tribunais Superiores.

Lutamos para derrotar o fascismo e o obscurantismo e, agora, estaremos ao lado deste governo que ajudamos a eleger para reconstruir e reconciliar o país.

Repreendemos, veementemente, qualquer tentativa de desconstrução de biografias. Como bem sabemos, atrás da anonímia se alapardam a covardia e a vilania. Diremos não, hoje e sempre, à indústria do ódio e da mentira.

O Grupo Prerrogativas defenderá, reiteramos, uma vez mais, de forma clara e contundente, qualquer que seja a escolha do presidente Lula para as vagas que abrirão no Supremo Tribunal Federal e nos demais tribunais do país.

É ele, e só ele, que, por delegação do povo brasileiro, e de cada um de nós, carrega a responsabilidade e o direito constitucional de fazer as referidas escolhas e indicações.

Não nos cabe, e nunca coube, fazer qualquer tipo de aferição sobre o preparo e a condição técnica de qualquer que seja o candidato a qualquer que seja a vaga.

Natural, entretanto, que nomes como Pedro Serrano e Lenio Streck, dois dos maiores juristas do país, apareçam como opção. Coerentes, combativos, leais e profundamente preparados, serviriam muito bem o país em qualquer função ou tarefa.

Manifestamos também nossa irrestrita solidariedade aos professores e juristas atacados pelas matérias recentemente veiculadas em parte de nossa imprensa.

E aqui vale um registro: Chega a ser infantil a sórdida tentativa de criar atritos entre o nosso grupo e o advogado Cristiano Zanin.

A própria imprensa tem noticiado as inúmeras iniciativas que adotamos para homenagear e desagravar este grande advogado brasileiro, que tem o nosso carinho, o nosso respeito e a nossa admiração.

Por fim, como é de conhecimento público, não temos a pretensão e nem a vontade arrogante de participarmos deste processo através de uma “escuta” privilegiada.

Queremos, evidentemente, apresentar informações complementares a tantas outras que serão oferecidas por inúmeras pessoas e entidades neste processo.

Mas defenderemos com vigor um perfil para as vagas em questão. Que sejam preenchidas por pessoas integras, com sólida formação jurídica e humanista.

Que sejam preenchidas por pessoas com vocação e espírito público para enfrentar os temas de natureza econômica e as demais agendas que afetam, em especial, as pessoas mais vulneráveis e vulnerabilizadas.

Que sejam preenchidas por pessoas sensíveis aos reais problemas do nosso país e por pessoas verdadeiramente progressistas.

Precisamos combater o nefasto ativismo judicial que nos assola e envergonha, e a triste instrumentalização do nosso sistema de Justiça.

E é o que efetivamente o que faremos.