Na volta ao Congresso após o feriado de carnaval, os senadores realizaram uma reunião e decidiram reduzir as suas semanas de trabalho. Com o aval do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ficou definido que o mês terá apenas três semanas e a última semana será de trabalho remoto e “com pauta tranquila”. Nesse cenário, o senador só precisará trabalhar nove dias no mês em Brasília, segundo informações do Estadão.
Os parlamentares também instituíram que os projetos só serão votados às terças, quartas e quintas-feiras. Segundas e sextas terão sessões não deliberativas, o que significa que os parlamentares não precisarão trabalhar nesses dois dias, pois não será considerado falta.
Atualmente, os senadores recebem R$ 39,2 mil de salário, mas o valor deve aumentar para R$ 41,6 mil a partir de abril. O reajuste foi definido no final do ano passado.
O líder do Podemos no Senado, Oriovisto Guimarães (PR), defendeu a medida que encurta as semanas e os meses. “Acho que foi um avanço. Isto vai permitir um maior contato com a base de cada senador, uma semana por mês”, afirmou. De acordo com ele, a decisão foi unânime entre os líderes na Casa.
Os senadores definiram ainda que às terça e quartas-feiras, o expediente começa só à tarde. O início programado é às 14h, mas votação mesmo só a partir das 16h. Estão liberadas para o período da manhã as sessões nas comissões temáticas.
Em nota, o Senado sustentou que a decisão apenas buscou revogar deliberações anteriores da Mesa Diretora da Casa que valeram para o período da pandemia.
A semana curta costumava ser um hábito no Congresso para que os senadores e deputados pudessem voltar aos seus Estados. No entanto, a pandemia permitiu que as votações fossem remotas. Mesmo com esse recurso, o privilégio de trabalhar apenas três dias na semana foi mantido.