POR LEA PRADO
Num dos capítulos de sua autobiografia, intitulado A profecia, Rita Lee fez conjecturas sobre como sua morte seria recebida pelo público.
Registrou poder imaginar as palavras de carinho de quem a detesta; disse que algumas rádios vão tocar suas músicas sem cobrar jabá; “quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída”.
A cantora escreveu que os fãs sinceros empunharão capas de seus discos e entoarão a música Ovelha Negra. Afirmou que nas redes virtuais, alguns hão de se espantar: “Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk”.
Previu que nenhum político compareceria em seu velório, haja vista nunca ter aparecido no palanque de nenhum deles.
“Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: ‘Thank you Lord, finally sedated’”.
Deixou no livro até o que seria seu epitáfio: “Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa”.