Na manhã deste sábado, morreu o cartunista Paulo Caruso, aos 73 anos. Ele, que estava internado no Hospital 9 de Julho, nasceu na capital paulista em 6 de dezembro de 1949 e era irmão gêmeo de Chico Caruso, também cartunista, com quem sempre teve uma parceria.
No início dos anos 70, Paulo cursou arquitetura na Universidade de São Paulo (USP), mas não exerceu a profissão e, em 1985, uniu a paixão pela música e pelos cartuns e montou uma banda só com cartunistas em Piracicaba, no interior paulista.
“Desde os 4, 5 anos de idade a gente desenhava sem parar, incentivado pelo nosso avô materno, que era pintor amador, pegava na mão da gente e ensinava a desenhar. Foi quem me ensinou a tocar violão também”, disse ele, ao Conversa com Bial, incluindo o irmão.
Ele iniciou a carreira ainda na década de 60, no Diário Popular, tendo contribuído também com a Folha de S.Paulo e o jornal Movimento. Nesse período, ele disse que “a politização foi quase uma obrigação”. Na revista IstoÉ, o cartunista publicava uma coluna em que, com sátira e humor, sintetizava vários momentos da história política brasileira.
Já em 1992, lançou “Avenida Brasil”, livro que reunia centenas de charges políticas publicadas em jornais e revistas, nas quais o principal foco era Fernando Collor de Mello. Paulo Caruso também assinou as obras As Origens do Capitão Bandeira (1983), Ecos do Ipiranga (1984), Bar Brasil na Nova República (1986) e A Transição pela Via das Dúvidas (1989).