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Jair Bolsonaro (PL) tem vivido uma vida de subcelebridade nos Estados Unidos desde que deixou o Brasil na antevéspera do fim de seu mandato após ser derrotado nas eleições por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Hospedado no resort de luxo Encore Resort at Reunion, na cidade de Kissimmee, na Flórida, o ex-presidente tem sido abordado para sessões de autógrafos enquanto são feitas filas de bolsonaristas para vê-lo, segundo apuração do Metrópoles.
O imóvel em que Bolsonaro está hospedado pertence ao ex-lutador de MMA José Aldo e abriga, desde 30 de dezembro do ano passado, o ex-mandatário.
Embora os horários de visita variem, a presença do político para receber os apoiadores é quase certa por volta das 10h e das 15h, no fuso local. Já foram contabilizados nove encontros por dia no novo cercadinho.
Ao longo do dia, surgem apoiadores de diversas origens, de Norte a Sul do Brasil. Os assuntos na fila de espera costumam ser os mesmos, como possíveis fraudes nas eleições, desconfiança em relação às urnas eletrônicas, medidas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e “integrantes da esquerda infiltrados” em ataques antidemocráticos.
A discussão só cessa quando os seguranças se levantam e abrem a porta do imóvel para Bolsonaro sair acenando e começa o primeiro “atendimento” do dia para distribuir autógrafos, receber presentes, gravar vídeos e tirar fotos.
Ele também costuma fazer pronunciamentos nos quais menciona obras de seu governo, lamenta o resultado das eleições e ataca adversários.
A movimentação é acompanhada por policiais americanos. Quando não está distribuindo autógrafos aos seus fãs, Bolsonaro tenta mostrar uma rotina pacata, que inclui compras no mercado e almoços em redes de fast-food e self-service. O ex-presidente busca passar a imagem de homem do povo, que tem hábitos simples.
Enquanto não embarca de volta ao Brasil, o ex-mandatário, além de agir como subcelebridade, passeia pela cidade e participa de eventos conservadores. As palestras já ocorreram em teatros e igrejas evangélicas de Orlando e Miami. Em média, os ingressos variam de US$ 10 e US$ 40 (R$ 52 a R$ 207, segundo cotação de 17 de fevereiro de 2023). Para ficar mais perto do político, é ofertado o ticket para a área VIP, no valor de US$ 50 (R$ 258).
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A estadia dele no país estrangeiro pode terminar ainda neste mês. Na última terça-feira (28), o governo Lula prorrogou, até 30 de março, o prazo concedido para três seguranças do ex-presidente permanecerem nos EUA. De acordo com a portaria publicada no Diário Oficial da União, os agentes deverão acompanhar o ex-presidente em “agenda internacional nas cidades de Deerfield Beach e Orlando, Flórida”.