O Bolsonarista Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), foi sorteado para relatar o caso das joias sauditas avaliadas em R$ 16,5 milhões recebidas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A escolha foi feita por sorteio.
O Ministério Público junto ao TCU pediu que o tribunal investigue se o ex-capitão cometeu improbidade administrativa. A solicitação foi enviada pelo subprocurador Lucas Rocha Furtado ao presidente do TCU, Bruno Dantas, nesta última quarta-feira (8).
“O suposto presente da Arábia Saudita para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tentou descumprir tanto as regras de ingresso das joias no país, quanto a separação do que seja bem público e do que seja bem pessoal no acervo presidencial”, destacou Furtado.
“Causa-me bastante estranheza que joias dessa magnitude tentem ser recebidas pelo ex-presidente e pela ex-primeira-dama em subterfúgio à diferenciação do que seja ou não bem público”, afirma.
No ano passado, Augusto Nardes ganhou as manchetes ao enviar um áudio com teor golpista para amigos dele do agronegócio em um grupo de WhatsApp. Na mensagem, o bolsonarista sugeria que as Forças Armadas estariam prontas para um golpe.
“Está acontecendo um movimento muito forte nas casernas”, destacou. “É questão de horas, dias, no máximo uma semana, duas, talvez menos, para que um desenlace bastante forte na Nação ocorra, [de consequências] imprevisíveis.”
O simpatizante do ex-mandatário também disse ter conversado com Bolsonaro. Ele afirmou que o ex-capitão estava preparado para “enfrentar o que vai acontecer no país”. Na época, Nardes recebeu críticas do próprio TCU e se licenciou do cargo por algumas semanas.
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