Lula oficializou a indicação de embaixadores para os principais cargos diplomáticos do Brasil nesta terça (21). O presidente incluiu diplomatas que foram deixados de lado pelo governo de Jair Bolsonaro nos postos, como o de Maria Luiza Ribeiro Viotti. Os indicados ainda precisam ser sabatinados e aprovados pelo Senado Federal, nas comissões de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e posteriormente no plenário da casa legislativa.
Indicada à embaixada de Washington, Viotti já recebeu o agrément, documento diplomático em que o governo anfitrião concorda com a nomeação. Ela chegou a ser cotada para chefiar o Itamaraty, mas o presidente preferiu reconduzir Mauro Vieira ao cargo.
A diplomata já foi representante do Brasil na ONU (Organização das Nações Unidas), embaixadora em Berlim, subsecretária-geral da Ásia e do Pacífico e chefe de gabinete do secretário-geral de António Guterres, da ONU. Ela vai substituir Nestor Forster, indicado por Bolsonaro para o posto em Washington.
Antonio de Aguiar Patriota, que estava no Egito, será representante do Brasil em Londres. Paulino Franco de Carvalho Neto, ex-secretário de Assuntos Multilaterais Políticos do Ministério das Relações Exteriores, vai substitui-lo no Cairo.
Carvalho Neto foi nomeado para a embaixada brasileira em Paris por Bolsonaro, mas a indicação sequer chegou a ser sabatinada pelo Senado.
Sérgio França Danese foi indicado por Lula para chefiar a missão brasileira junto à ONU em Nova York. Ele já chefiou a embaixada da Argentina, do Peru, da Argélia e da África do Sul, e foi secretário-geral das Relações Exteriores por duas vezes.
O nome escolhido pelo presidente para a embaixada brasileira em Buenos Aires foi o de Julio Glinternick Bitelli. Everton Vieira Vargas, que já esteve no posto e foi deixado de lado pela gestão Bolsonaro, será o representante do Brasil no Vaticano.