Por Chico Alencar, escritor, professor de História e deputado federal pelo PSOL-RJ
70% da superfície do nosso planeta é de água: oceanos, mares, rios e lagos. 60% a 70% do nosso corpo é sangue, é liquido aquoso. Água é fonte de vida, um bem imprescindível ao ser humano: sem ela não sobrevivemos.
Nesta quarta-feira, dia 22 de março, celebra-se o Dia Mundial da Água. Aproveitando a data, a Organização das Nações Unidas (ONU), realiza, em Nova Iorque, a Conferência sobre Águas. Infelizmente, o panorama mundial não é muito animador: 27,5% da população do planeta (2,2 bilhões de pessoas) não têm acesso a água tratada e 4,2 bilhões de pessoas (52,5% da população) não dispõem de instalações sanitárias adequadas. Aqui no Brasil, 48% da população não tem esgotamento sanitário em suas casas.
A mercantilização da água não é apenas adoecedora, é burra: a cada dólar investido no saneamento básico, economiza-se 4 dólares em outros investimentos, sobretudo em saúde. A gestão dos recursos hídricos é criminosa.
Diante do aquecimento global, provocado pela ação humana, que aumenta a desertificação e promove desastres naturais em escala cada vez maior, o desafio, nesse 2023, é estabelecer metas para o uso sustentável da água, que promovam o acesso à água potável e ao esgotamento sanitário para toda a população do planeta.
Cuidar para preservar as nascentes, não poluir rios e oceanos, não desperdiçar – e garantir saneamento, deveria ser um compromisso planetário que envolvesse a todos: governos e cidadãos.
Água não tem cheiro nem cor, mas é essencial. Entre na luta em defesa das nossas águas, por sua distribuição mais equitativa, contra o desperdício e sua apropriação privada.
Acelere a mudança e seja, no dia a dia, a mudança que você quer no mundo!
Ame a água que nos cerca, sustenta, constitui e viabiliza!