O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) afirmou, na segunda-feira (27), que não teme quaisquer investigações vindas de fotos e gravações entregues à Justiça pelo advogado Rodrigo Tacla Duran. Ele também chamou o ex-funcionário da Odebrecht de “criminoso confesso”, segundo informações da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com Duran, o material reforçaria suas acusações contra o ex-juiz da Operação Lava Jato. O juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou que Tacla Duran seja incluído em um programa de proteção a testemunhas. A decisão ocorre após ele ouvir o depoimento do advogado.
“Trata-se de uma pessoa que, após inicialmente negar, confessou depois lavar profissionalmente dinheiro para a Odebrecht e teve a prisão preventiva decretada na Lava Jato. Desde 2017 faz acusações falsas, sem qualquer prova, salvo as que ele mesmo fabricou”, afirmou Moro, em nota.
“Tenta, desde 2020, fazer delação premiada junto à Procuradoria-Geral da República, sem sucesso”, ressaltou. “O senador não teme qualquer investigação, mas lamenta o uso político de calúnias feitas por criminoso confesso e destituído de credibilidade”.
Procuradores pediram que os documentos entregues fossem preservados sob sigilo nível quatro. No entanto, o magistrado Eduardo Appio divergiu e não decretou sigilo.
Tacla Duran afirma ter provas de que pagou US$ 613 mil a advogados ligados à advogada e hoje deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), mulher de Sergio Moro.
Vale destacar que Duran tem sido apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como o operador financeiro de esquemas da Odebrech. Ele trabalhou na empresa de 2011 a 2016. Desde então, o advogado vem fazendo uma série de acusações.