Jair Bolsonaro (PL) está irritado com os protocolos de segurança impostos pela Polícia Federal, a Secretaria de Segurança do Distrito Federal e outras autoridades sobre seu retorno ao Brasil, segundo a coluna de Bela Megale, no jornal O Globo.
O ex-presidente sonhava com uma chegada de grande impacto, com apoiadores no saguão do aeroporto de Brasília e até mesmo um desfile em um carro aberto.
No entanto, a decisão tomada em uma reunião na terça-feira (28) é que ele sairá por uma rota alternativa e não terá contato com os apoiadores que devem comparecer ao aeroporto. No PL, seu partido, a crítica é que ele já é tratado como “presidiário”.
Em conversas com aliados, conforme a coluna, Bolsonaro mostrou sua irritação e se queixou de ter que “sair pelos fundos”. Nos bastidores, o ex-presidente diz que a imposição foi ideia do governo petista. O nome mais criticado é o do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já que a PF está no guarda-chuva de sua pasta.
Integrantes da PF disseram que o protocolo de segurança foi decidido com base em questões técnicas, pois o aeroporto de Brasília é o maior hub do país e um tumulto no local poderia causar transtornos e atrasar voos.
Portanto, nenhuma autoridade deve ir receber o ex-presidente no aeroporto, nem mesmo a sua esposa, Michelle Bolsonaro. É o que diz, por exemplo, o general Braga Netto, que trabalha no PL e atua na operação de chegada de Bolsonaro.
O PL alugou um auditório no prédio onde fica a sede da sigla, em Brasília, para que Bolsonaro se encontre com parlamentares após a sua estadia de três meses nos Estados Unidos.