Seis oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foram indiciados pela Corregedoria por negligência durante os ataques terroristas de 8 de janeiro em Brasília. Investigações apontaram que os agentes agiram de maneira negligente contra os bolsonaristas que invadiram a Praça dos Três Poderes. A informação é da coluna Na Mira do Metrópoles.
Entre os indiciados está Jorge Eduardo Naime, ex-comandante de Operações da corporação, que também é alvo de queixa-crime na Justiça por mentir em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
A casa legislativa investiga a tentativa de golpe durante o ataque terrorista. A denúncia foi ajuizada por Tatiana Lima, ex-mulher de Naime, e o acusa de ter mentido sobre suposta viagem de férias após os atos.
Além do ex-comandante, a coronel Cíntia Queiroz de Castro também foi indiciada. Ela foi responsável por elaborar o Protocolo de Ações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do DF sobre os atos golpistas nos dias 7, 8 e 9 de janeiro.
Em oitiva à Polícia Federal, ela disse que a PMDF agiu de forma atípica por não elaborar um planejamento próprio para a manifestação de 8 de janeiro.
Também foi indiciado o major Cláudio Mendes dos Santos, que já foi preso pela PF no âmbito da Operação Lesa Pátria. Ele liderou por mais de dois meses o acampamento bolsonarista de Brasília, em frente ao Quartel-General do Exército, e fugiu depois do ataque terrorista. O militar chegou a comemorar a fuga, pelo WhatsApp, mas acabou detido na última quinta (23).
Além deles, também foram divulgados os nomes de outros dois militares indiciados: Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues e Paulo José.