Publicado originalmente no “Blog do Moisés Mendes”
Notícia que recebi hoje à tarde do advogado Felipe Moreira de Oliveira. Vencemos mais uma batalha contra Luciano Hang na Justiça.
Fui absolvido em Porto Alegre no processo de queixa-crime por alegada injúria do autoproclamado véio da Havan.
É o segundo processo em que derroto o acusador em primeira instância. No ano passado, venci uma ação cível dele contra mim em São Paulo. O jornalista Kiko Nogueira, do DCM, também era réu na mesma ação.
Não é uma vitória minha, é do jornalismo e dos jornalistas que não se dobram à imposição do poder econômico.
Não tenho mais detalhes porque não recebi ainda cópia da sentença. Ainda enfrento duas ações cíveis do sujeito, com acusação de injúria, na comarca de Brusque.
Uma das ações trata do mesmo artigo motivo da ação em que fui absolvido em Porto Alegre.
Repito aqui, como resumo do caso, explicação que dei em entrevista ao Brasil de Fato no ano passado:
A queixa-crime foi apresentada porque sugeri, em texto de agosto de 2021, que Luciano Hang abrisse uma loja com estátua da liberdade em Cabul. Nesse artigo, abordo a imposição do poder econômico pelo empresário, que sempre desqualifica os discordantes, e pergunto se ele pensa que tudo e todos podem ser comprados. É uma pergunta superlativa, como tudo que ele faz, mas não acredito que ele ache que possa mesmo comprar tudo, inclusive áreas sob alguma forma de proteção ambiental ou histórica.
Ele achou o texto ofensivo e alegou que a pergunta induz a pensar em outras coisas. Não há outras coisas. O que há é a imposição do poder que ele tem porque é milionário e pensa que seus projetos devem passar por cima de todos os outros interesses de uma cidade. Esse mesmo texto foi usado por ele para uma ação civel por danos morais, que tramita na comarca de Brusque, onde ele vence todas as ações, segundo levantamento do UOL.
(Muita gente pergunta por que eu e a maioria dos sites e blogs de jornalistas sem medo de cara feia usam a expressão véio da Havan, se isso pode transparecer um tratamento depreciativo. Eu uso porque o sujeito se define como véio da Havan em propagandas na TV e em vídeos. Ele é quem se define como véio da Havan.)
Compartilho, em nome do jornalismo, o link para o artigo que motivou as duas ações.