VÍDEO: em comissão da Câmara, Dallagnol tenta desesperadamente impedir depoimento de Tacla Duran

Atualizado em 12 de abril de 2023 às 14:25
Dallagnol. Foto: Reprodução

Em sessão da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, Deltan Dallagnol (Podemos) iniciou um movimento desesperado para tentar impedir a convocação do advogado Tacla Duran para depor sobre a Lava Jato.

O advogado é o pivô de acusações que podem colocar o senador Sérgio Moro (União Brasil), ex-juiz da operação Lava Jato, e Deltan, que foi o coordenador da força-tarefa, na mira da Polícia Federal (PF).

“O senhor Tacla Duran não é advogado da Odebrecht. Ele foi lavador de dinheiro profissional da Odebrecht, réu confesso e buscou enganar as autoridades mais de 20 vezes. Não existe nenhuma prova que confirma o que ele disse. A Lava Jato fez mais de 200 acordos de delação premiada, nenhum com qualquer indício de irregularidade. Se alguém cometesse alguma irregularidade seria criminoso e altamente burro”, disse Dallagnol.

“Eu me oponho a convocação porque o que se busca fazer é uma grande espuma para atacar não só a operação, mas para tentar encobrir os abusos que o atual governo tem praticado e omitido”.

A comissão acabou rejeitando o convite. O requerimento, apresentado pelo deputado Jorge Solla (PT-BA), foi barrado por onze votos a oito.

Confira o destempero de Dallagnol a partir de 1:30:28

Na segunda (10), o ministro Ricardo Lewandowski decidiu que as alegações feitas por Tacla Duran permanecem no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi publicada um dia antes do ministro se aposentar da corte.

No mês passado, o novo juiz da Lava Jato, Eduardo Appio, ouviu o depoimento de Tacla. Na audiência, o advogado acusou Moro de extorsão e Deltran de perseguição. Por se tratarem de congressistas, o juiz federal determinou que as investigações fossem para o STF.

Logo após a decisão, Moro pediu à Justiça que o caso não fosse levado ao Supremo. A defesa alegou não ser competência da Corte, além de alegar que o ex-juiz é “um crítico do foro por prerrogativa de função”.

Lewandowski considerou a manifestação da PGR de que “alguns dos supostos atos podem ter sido praticados no exercício de cargos com foro especial por prerrogativa de função”. O órgão apontou suspeitas de que Moro interferiu no processo de Tacla quando era ministro da Justiça do governo Bolsonaro.

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