A atitude que o senador Sergio Moro (União-RR) tomou para falar sobre sua relação com o desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Marcelo Malucelli, gerou um mal-estar entre os membros da corte, segundo a coluna de Bela Megale, no jornal O Globo.
O ‘climão’ ocorreu após a assessoria de Moro se limitar a dizer que o senador e a deputada Rosângela Moro (União-SP) estão “afastados das atividades do escritório” de advocacia no qual são sócios de João Eduardo Malucelli, filho do desembargador do TRF-4.
A relação entre Moro e o desembargador veio à tona depois que foi divulgada a informação de que Malucelli teria restabelecido a prisão do operador financeiro da Odebrecht, Rodrigo Tacla Duran. No entanto, nesta sexta-feira (14), o desembargador enviou um ofício ao Supremo Tribunal Federal (STF) afirmando que não determinou a prisão de Tacla Duran.
Marcelo Malucelli foi nomeado desembargador do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) por Bolsonaro em dezembro do ano passado. Ele havia sido escolhido para ocupar o cargo em lista tríplice por critério de antiguidade.
O escritório Wolff & Moro Sociedade de Advogados, que pertence ao casal Moro, ainda está em atividade e tem um terceiro sócio, João Eduardo Barreto Malucelli.
Malucelli também pediu a soltura do doleiro Alberto Yousseff, imediatamente após ser notificado pela defesa do doleiro de que ele seria preso por determinação do novo juiz da Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio.