O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou ter conversado pessoalmente com Júlio César Vieira Gomes, ex-chefe da Receita Federal, sobre as joias sauditas apreendidas no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). A declaração ocorreu em depoimento à Polícia Federal no último dia 5 e ele também alega que soube do episódio entre novembro e dezembro de 2022. A informação é do g1.
“O declarante solicitou ao ajudante de ordens, coronel Cid, que obtivesse informações a cerca de tais fatos; que o ajudante de ordens oficiou a Receita Federal para obter informações; que neste interim o declarante estabeleceu contato com o então chefe da Receita Federal, Júlio, cujo sobrenome não se recorda, e salvo engano, determinou que estabelecesse contato direto com o ajudante de ordem; que as conversas foram pessoalmente, pelo o que se recorda”, diz registro do depoimento do ex-presidente.
Segundo o ex-presidente, ele não se lembra quem o avisou sobre a apreensão dos itens, mas acredita que tenha sido alguém ligado ao Ministério de Minas e Energia. Os itens foram retidos pela Receita justamente com comitiva da pasta, que era liderada pelo ex-ministro Bento Albuquerque.
Durante a oitiva, Bolsonaro ainda afirmou que “nunca decidia ou era consultado, ou mesmo opinou, quanto à classificação, entre o acervo público ou privado de interesse público”.